Você acha injusto dar uma medalha de ouro para um atleta que usa esteróides anabolizantes para melhorar seu desempenho físico?

Acha injusto um empreendedor que usa drogas da inteligência crescer mais que seus concorrentes?

Qual sua opinião sobre um estudante que usou Ritalina para estudar e passou no concurso que tanto sonhava?

Neste vídeo quero provocar a sua reflexão sobre o uso de smart drugs e o doping mental, assunto que talvez seja tabu para você, mas vai por mim, se você não conhecê-lo em poucos anos estará totalmente ultrapassado.

Postei um vídeo aqui no canal há poucos dias, onde falei sobre como funcionam as smart drugs, quais as principais, e as doses que geralmente são tomadas para aumentar a performance cognitiva.

Independentemente de você ser contra ou a favor, tomar ou não tomar, achar justo ou injusto, você precisa conhecer o básico sobre as drogas da inteligência, caso contrário em poucos anos estará totalmente fora do mercado de trabalho.

O uso das Smart Drugs é uma realidade, principalmente em países mais desenvolvidos. Nos USA estima se que de 20 a 25% dos estudantes universitários fazem uso. Entre empreendedores este número chega a ser ainda maior.

Mas será que isso é certo? Digo, moralmente certo? Ou é uma competição desleal entre naturais e bombados do cérebro?

Vamos traçar um paralelo com o esporte. Por mais que você se esforce na academia e tenha uma dieta para hipertrofia, você nunca conseguirá atingir os mesmos resultados que alguém que faz isso e usa bomba ao mesmo tempo.

Mesma coisa no atletismo, ciclismo, e praticamente qualquer esporte, o cara que treina bem, come bem e usa esteroides anabolizantes sempre estará na frente do cara que tem a mesma dedicação e não usa.

Daí você argumenta que isso é injusto pois eles estão em condições desiguais, e por consequência é imoral usar do doping para vencer.

Mas se você pensar de uma forma menos preconceituosa, menos senso comum, na verdade mais ampla, verá que as condições não são desiguais na origem. Ou seja, os esteróides teoricamente podem ser usados por todos. Certo?

Então punir o cara que tem coragem de usar rotulando ele como trapaceiro parece no mínimo injusto, ao meu ver.

Lembra do ciclista Lance Armstrong? Ele foi campeão da Volta da França 7 vezes, e teve todos seus títulos e recordes anulados depois que descobriram que ele fazia transfusões de sangue durante as provas.

Dizem que ele ia treinar na altitude e tirava o próprio sangue, que na altitude fica mais rico em hemácias, células responsáveis por levar oxigênio aos músculos. Depois durante a prova ele faziam transfusão do próprio sangue, rico em hemácias.

Foi errado o que ele fez? Ao meu ver foi, principalmente porque foi escondido através de um esquema complexo com sua equipe.

Porém todos sabem que ele não é o único ciclista que fazia isso ou usava esteróides. O que ainda assim não justifica o que ele fez, pois todos fazerem o errado não torna algo certo.

Afinal, os esportes servem para testar o limite humano, certo? E se dopar torna você desumano, certo?

Mas o que é ser humano? Usar a inteligência não é humano? Se arriscar não é humano?

Por que todos os concorrentes do Lance não tiveram a ideia ou a coragem dele?

Não estou defendendo o Lance, todas essas perguntas que estou te fazendo são provocativas e também não tenho a respostas. São perguntas que me faço corriqueiramente.

O que é ser humano? Devemos nos limitar a nossa biologia?

Sua resposta a essas questões com certeza é baseada em fatores como religião, experiências passadas, coisas que você viu na televisão.

O que é ser humano? (responde nos comentários) Devemos nos limitar a nossa biologia no esporte? E nos estudos? E no trabalho?

A resposta mais óbvia parece que sim. Que devemos nos manter naturais.

Mas pense bem. Você seria contra uma equipe de cientistas tomarem uma droga para ficarem mais inteligentes e desenvolverem em menos tempo uma vacina para uma doença mortal?

Ou seria contra um cirurgião tomar uma pílula para melhorar a concentração durante uma cirurgia no seu cérebro?

Quando começamos a analisar a questão com uma visão menos preconceituosa e menos “baseada no que nos falam na tv” não é tão simples dizer que as smart drugs devem ou não serem usadas.

VÍDEO RECOMENDADO: https://www.youtube.com/watch?v=1FBv7BKC4bk