A voz da influência – O 8º Hábito


O sétimo capítulo do livro “O 8º Hábito” de Stephen Covey fala sobre o mais importante papel de um líder da Era do Conhecimento: Modelar a integridade para gerar confiança… ser um Compensador.

Modelar - ser um compensador

Modelar começa com a Descoberta da Voz Interior – o desenvolvimento das 4 inteligências e a expressão da nossa voz na visão, na disciplina, na paixão e na consciência. Quando falamos de modelar como um papel do líder, estamos basicamente falando em influenciar pessoas.

A influência é a ferramenta que temos contra a cultura da vitimização que nos diz que nada podemos fazer em relação a certas coisas.

“A vitimização joga fora nosso futuro.” (Stephen Covey)

A filosofia grega da influência

Uma excelente síntese do processo de aumento de nossa influência é a filosofia grega chamada etos, patos, logos.

Se quisermos influenciar as pessoas, primeiramente temos de ter etos, que representa basicamente nossa natureza ética e nossa credibilidade pessoal, ou seja, a confiança que os outros têm em nossa integridade e competência. Para termos etos devemos cumprir nossas promessas de forma centrada em princípios.

O segundo “ingrediente” da influência é patos, que é o lado do sentimento. Significa que entendemos os sentimentos de outra pessoa, quais são suas necessidades, como ela vê as coisas e o que está tentando comunicar.

Por último, precisamos ter logos, que representa a lógica, a inteligência. Tem a ver com a força da persuasão de nossa apresentação, de nosso pensamento.

É importante observar a seqüencia da ordem. Por exemplo, passar ao logos antes que as pessoas sintam que são entendidas é inútil, assim como tentar criar entendimento quando nosso caráter não tem credibilidade é perda de tempo.

Os 7 níveis de iniciativa ou de autofortalecimento

Stephen Covey defende que, independente da situação em que nos encontramos em relação a algo que desejamos mudar, sempre podemos tomar alguma atitude, e deixarmos de ser vitimas. Segundo o autor, existem 7 níveis de iniciativa – “Espero até que mandem”, que é o mais baixo deles, passando por “Pergunto”, “Apresento uma sugestão” e “Pretendo fazê-lo”, até “Faço e informo imediatamente” e “Faço e informo periodicamente”, e, finalmente, “Faço”.

“A pergunta chave é sempre: Qual a melhor coisa que posso fazer nestas circunstâncias?” (Stephen Covey)

Para escolhermos o nível de iniciativa que usaremos devemos usar como base a distância entre a tarefa e nosso Círculo de Influência, interno e externo.  Para saber onde estamos em cada situação devemos ter maturidade, sensibilidade e julgamento apurados.

1. Espero até que mandem

Esse é o mais baixo nível de iniciativo. Neste caso só esperamos que nos mandem fazer, pois não queremos fazer o trabalho de outra pessoas nem dar sugestões a respeito de coisas que esteja fora de nosso Círculo de Influência. Geralmente isso ocorre pelo fato de que agindo em áreas muito distantes de nosso Círculo de Influência não temos nenhuma força.

Então o que fazer? Simplesmente sorrir e aceitar as situações? O segredo é não desperdiça nossas energias com algo sobre o que nada podemos fazer. Devemos procurar agir a respeito de coisas mais próximas de nós, que com isso aumentamos nosso Círculo de Influência e chegaremos mais próximo a coisas que estão mais distantes no momento.

2. Perguntar

Quando algo está fora de nosso Círculo de Influência não podemos fazer muita coisa a respeito, mas como afeta nosso trabalho, é válido pelo menos fazer perguntas. Perguntas essas que se forem inteligentes poderão ser notadas e causar impressão, aumentando assim nosso Círculo de Influência.

3. Apresentar uma sugestão

Aqui estamos localizados logo na borda externa de nosso Círculo de Influência, porém fora de nosso cargo. O que podemos fazer nessa situação é oferecer uma sugestão final inteligente.

4. Pretender fazê-lo

A um nível acima de “Apresentar uma sugestão” está prender fazer. Quando o líder deixa nas mãos dos liderados não somente o problema, mas também a solução, o que faz com que eles se sintam como parte fundamental da organização.

5. Fazer e informar imediatamente

Outra atitude que está fora de nosso Círculo de Influência, porém dentro do cargo. Fizemos e informamos imediatamente porque outras pessoas precisam estar cientes, caso seja necessária correção ou tarefas decorrentes.

6. Fazer e informar periodicamente

Nesse caso temos mais liberdade, pois nos encontramos dentro de nosso Círculo de Influência e de nosso cargo.

7. Fazer

Está no centro de nosso Círculo de Influência e no núcleo de nosso cargo. Simplesmente fazemos. Assumimos a responsabilidade e temos a iniciativa máxima de fazer.

 

Covey nos mostra neste capítulo que qualquer que seja a questão, problema ou preocupação com que nos deparemos sempre podemos fortalecer-nos tomando algum tipo de iniciativa. Sempre podemos fazer algo…

 

Este artigo se trata de um pequeno resumo do capítulo 7 do livro “O 8º Hábito” de Stephen Covey. Saliento que a leitura do mesmo jamais substitui a leitura do original, que contém diversos exemplos e aprofunda conceitos fundamentais.

Não perca a análise do capítulo 8 no próximo mês. Abraço…


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