Quando a gente passa por um momento “a-há” (aliás, foi assim que surgiu o nome da banda), nossos cérebros experimentam uma alta — muito alta — atividade gama, enquanto novas redes neurais se formam. No site da Psychology Today, o famoso escritor americano Daniel Goleman (autor do clássico Inteligência Emocional) dá algumas dicas sobre como despertar essas ideias criativas. Vamos conferir?
Veja o caso de Adrienne Weiss, que trabalha com branding de produtos. Uma de suas missões foi dar cara nova à marca de sorvetes Baskin-Robbins, mundialmente conhecida, e a tarefa incluía um novo logo. Ela perguntou a si mesma: “o que tenho em mãos? Baskin-Robbins é famosa por seus 31 sabores. Como posso transformar isso em algo novo e distinto?”. Depois de muito pensar e não chegar a lugar nenhum, certa noite ela acordou de um sonho em que via o nome Baskin-Robbins. Destacava-se nas curvas do B o número 3, e na haste do R, aparecia o número 1. Lá estavam os 31 sabores incorporados ao logo! Ela havia encontrado a solução! Foi preciso dar um tempo a si mesma e a seu cérebro para que ele pudesse funcionar criativamente! Em tempo: vale lembrar que o vício em trabalho pode matar sua criatividade…
Já sabemos o que detona nossa capacidade inventiva, mas qual é a melhor maneira de ativar nossa capacidade cerebral? Primeiro, delineie o desafio criativo. Depois, vá fundo: colete ideias, dados, informação, tudo que possa ajudá-lo a progredir no desafio. Se você já se concentrou seriamente na meta ou problema e reuniu todo tipo de material para ajudar seu processo criativo, então é o momento de entrar na terceira fase: deixar para lá.
O inverso de deixar para lá — tentar forçar um insight — pode inadvertidamente sufocar os rompantes criativos. Se você está pensando e pensando sobre o desafio, pode estar ficando mais tenso, e isso não dará margem a maneiras novas de ver as coisas, de deixar surgir um insight realmente verdadeiro.
Então, você já sabe, chega um momento em que é necessário deixar para lá. O foco intenso em um problema que está sempre em mente é totalmente diferente do terceiro estágio, que se caracteriza no funcionamento cerebral por um alto ritmo alfa: relaxamento mental, um estado de abertura, devaneio e de ser levado pela corrente, em que ficamos mais receptivos a novas ideias.
Isso pode explicar aqueles momentos “Tive uma ideia” que temos em nossas férias ou em momentos de lazer e descontração. E você, não gostaria de compartilhar seus momentos de “a-há” conosco nos comentários? Aproveite e leia também as 29 dicas para se manter criativo do site Fluindo!
Uma resposta para “Para ser mais criativo, pare de pensar”
Muito bom Beto. Sem vocea jamais teioamrs estes momentos registrados. Espero que a ABES tenha como armazenar este acervo para no futuro relembramos o nosso passado. As coisas boas que estamos fazendo Uma abrae7o, Vitorio.